segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Retrospectiva

Por onde você andava? Por que não nos encontramos antes?
Perguntas como essas se apresentam e sempre nos deixam mudos.
Numa retrospectiva, voltando os olhos para o passado, nos teremos tão diferentes do tempo que marca agora. Egoístas, imperfeitos, bancando a valentia, enfrentando a covardia. Enganando outros e a nós mesmos, fingindo uma alegria contagiante, quando o umbigo não agüenta suportar as perdas.
Importa mais a minha, a sua, apenas uma das vontades. Desconhecemos os nós e todos eles. Compartilhamos das brigas, brindamos as despedidas negando qualquer ele que nos torne um pouco mais próximos. E como dói as imagens projetadas nos espelhos, pois não queremos e podemos ter defeitos, desejosos de um infinito de felicidade e a culpa pertence a outro e não mora em mim.
Pessoas vem e vão a todo instante. Deixam pequenas marcas, grandes cicatrizes ou levam consigo o que existia de bom ou ruim em uma parte de nós.
Começam as quedas e tropeços, dores, lágrimas, risos e vários capítulos de um livro que com o tempo não se sabe o início só a certeza do fim.
Há a falsa impressão de se ser auto-suficiente, dá-se espaço a uma tentativa de confiar planos e segredos, cria-se mundos para o fora e dentro, experimenta-se gozos, uma fé sem deuses, confissões sem paixão.
Em cada abraço, o consolo, um encontro, mais um adeus.
Nos gestos, ontens que não eram seus, hoje acabando e amanhãs se perdendo.
Entre beijos e olhares, para nós e luares, o início, o comodismo, a voz e o próprio engano sacrificado.
A cortina no fundo, troca de cores e texturas. As canções que embalam são eternas, substituíveis, se gastam e esgotam.
Ao rir, lembrar, chorar e reviver, mudamos, tentamos deixar de ser aquele que nos foi moldado ou arrancado.
E cá estamos, esperando... pelo momento certo... a pessoa perfeita... um mundo ideal... Trocando a realidade que dói, fugindo do amor que morre e aprendendo que mais do que estar vivo, é reconhecer-ser humano, pequeno, frágil e com defeitos, percebendo aqui, perto ou longe, que outros já sentiram o mesmo... Indo além... reaprendendo a conhecer o próprio eu, contido e escondido, com medo de vir a ser mais que feliz, ser alguém que pode sentir e tocar o mundo com outros sentidos.
Você andava por onde andava! Ou então não poderia ser o que é como é agora.

(Dizem que amigos são anjos sem asas; já disseram q o verdadeiro amigo é aquele que joga pimenta nos nossos olhos e faz arder o orgulho ferido; que amigo mesmo, fica quando todos foram embora... Que amigo a gente guarda no lado esquerdo do peito... E tantas outras besteiras, pieguices e sentimentalóides possíveis. Agora, o melhor amigo, na atualidade, faz mais do que isso: ele salva uma cópia dos seus documentos no email, para o caso de você deletá-los por engano do seu computador e pra ajudar a melhorar a situação, você não tem uma cópia guardada no pendrive, nem o rascunho em papel. Parece absurdo, mas foi o que aconteceu comigo, em relação a esse texto. Por isso, caro amigo Ailton... agradeço publicamente pela sua amizade. Por poder mais que compartilhar meus novos textos, mas por você não excluí-los do seu email após lê-los e possibilitar a salvação de algumas palavras. UFA!)

3 comentários:

Unknown disse...

Onde estão os meus créditos por ter preservado a obra?

:(

Elaine Siderlí disse...

Mas esse primo tá querendo até crédito agora?aiaiai rss....

Querida Marcia
acabo de chegar
porem adoro brincar
entre porsa e rima
desejo lhe perguntar
sei bens que tens
um corsa com eu
já experimentaste
a flexibilidade
no apogeu?!


espero que nao me leve a mal o coração e as portas estarão sempre abertas e viva a lei natural de ser feliz!
beijos!


Elaine Siderlí.

Prof. Fabiano Reis disse...

:P só passando para v a estrutura do blog, parabéns.