sexta-feira, 4 de julho de 2008

Onde foi que eu deixei?

Será que mesmo a pessoa mais organizada e perfeccionista já esqueceu onde colocou um determinado item bem no exato momento em que mais precisa dele?
Quem sente na pele o susto de perder um documento ou objeto justamente na hora da necessidade sabe o quanto é desesperador.
Com certeza, já deixaram de fazer compras porque não estavam com o documento de identidade. Sentiram o rosto quente de vergonha ao procurar as moedinhas que desapareceram de dentro da bolsa na hora de pagar as compras no supermercado...
E o pior de todas as situações constrangedoras, é chegar em casa, e encontrar a identidade e aquelas moedas, bem ali, dentro da carteira.
Mas como? Se na hora do apuro foi olhado por tudo? O desespero abre espaço para uma raiva, que dias depois se torna motivo de risos e piadas.
Quantos ouviram nesses trágicos instantes, que aquilo que se procura, uma hora se acha? Ou que estará no último lugar onde se irá procurar? Então, como é que se faz para procurar de trás pra frente?
Eu queria saber onde foi que deixei meus óculos.
Olhei em cada canto, em cada cômodo da casa. Inclusive, procurei nos lugares mais absurdos possíveis, onde jamais o teria deixado. Enfim, por desencargo da consciência e para confirmar que não ficou nenhum espaço sem ser revirado, já procurei embaixo da cama, no lixo da cozinha, dentro da pia do banheiro, no porta malas do carro... Isso que se trata de lentes corretivas e de um grau que quando experimentado por outras pessoas, pensam e acreditam que não enxergo quase, absolutamente nada.
Por fim, quando levei as mãos ao rosto para começar a chorar, no único lugar onde não pensei que poderia estar... estava ele, bem na frente dos olhos, em cima do nariz e pendurado nas orelhas.

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