Início de ano é sempre igual e diferente. Igual na expectativa, na idealização dos sonhos, na esperança das concretizações. É diferente, porque não somos mais os mesmos do ano anterior, aumentam-se os dias e, com eles, nossos anseios, recordações, nossas experiências humanas e nossas vivências mundanas.
Algumas idades são carregadas de pensamentos contraditórios ou de ações involuntárias. Outras fazem dos minutos, um eterno adormecer. Mas ainda há aquelas que lutam, resistem e mostram a face ao tapa.
Nessa mistura de números e gênios, a sensação de estar só assusta mais de um e menos de muitos.
Enquanto o mundo presencia uma guerra fria, as armas contra a ideologia escolhem a si mesmas mas isso não tem importância no atual contexto globalizado e altamente tecnológico.
As ruas estão poluídas, em todos os sentidos. Os maltrapilhos fantasiados de zumbis acreditam estar vivos pelo simples fato de estarem em movimento. Por todos os lados, o cheiro de sangue é inalado e a dor se disfarça no prazer, enquanto o sofrimento agoniza trancado dentro do ser.
Onde ficam todas as promessas de mudança? Foram lançadas ao vento para não correrem o risco de serem quebradas? Estarão protegidas entre chaves e correntes? Do quê? De quem? De você, de mim ou de ninguém... Talvez elas tenham deixado de existir já que não puderam atravessar a ponte da prática.
Se fosse possível abrir todas as atrocidades com um bisturi holográfico... Se fosse possível? Não é impossível. Talvez o façamos com tamanha facilidade... E, no entanto, negamos aquilo que vemos e costuramos as incisões deixando pequenas, grandes, simples ou horrorosas cicatrizes. Estas marcas, podemos encobrir com tatuagens, porém, saberemos que elas continuam lá mascaradas nas cores de nossa angústia.
Não é suficiente entender a diferença entre um canudo de pano, de papelão, de plástico ou de metal, para que as luzes do palco sejam refletidas nos fios de ouro e prata que brilham em suas vestes formais. Também seria medíocre santificar todas as causas e condições num sistema superior enquanto as lágrimas turvam os sentimentos de uma conquista banal.
Só tem valor os holofotes quando eles não estão presentes ofuscando o olhar e desviando a atenção da superficialidade para a inutilidade.
O sucesso só tem razão de ser quando as ações estiverem de mãos dadas com o saber e os corpos movimentarem-se além da física, num ritmo onde o fazer possa acontecer e a diferença seja apreciada e percebida.
Algumas idades são carregadas de pensamentos contraditórios ou de ações involuntárias. Outras fazem dos minutos, um eterno adormecer. Mas ainda há aquelas que lutam, resistem e mostram a face ao tapa.
Nessa mistura de números e gênios, a sensação de estar só assusta mais de um e menos de muitos.
Enquanto o mundo presencia uma guerra fria, as armas contra a ideologia escolhem a si mesmas mas isso não tem importância no atual contexto globalizado e altamente tecnológico.
As ruas estão poluídas, em todos os sentidos. Os maltrapilhos fantasiados de zumbis acreditam estar vivos pelo simples fato de estarem em movimento. Por todos os lados, o cheiro de sangue é inalado e a dor se disfarça no prazer, enquanto o sofrimento agoniza trancado dentro do ser.
Onde ficam todas as promessas de mudança? Foram lançadas ao vento para não correrem o risco de serem quebradas? Estarão protegidas entre chaves e correntes? Do quê? De quem? De você, de mim ou de ninguém... Talvez elas tenham deixado de existir já que não puderam atravessar a ponte da prática.
Se fosse possível abrir todas as atrocidades com um bisturi holográfico... Se fosse possível? Não é impossível. Talvez o façamos com tamanha facilidade... E, no entanto, negamos aquilo que vemos e costuramos as incisões deixando pequenas, grandes, simples ou horrorosas cicatrizes. Estas marcas, podemos encobrir com tatuagens, porém, saberemos que elas continuam lá mascaradas nas cores de nossa angústia.
Não é suficiente entender a diferença entre um canudo de pano, de papelão, de plástico ou de metal, para que as luzes do palco sejam refletidas nos fios de ouro e prata que brilham em suas vestes formais. Também seria medíocre santificar todas as causas e condições num sistema superior enquanto as lágrimas turvam os sentimentos de uma conquista banal.
Só tem valor os holofotes quando eles não estão presentes ofuscando o olhar e desviando a atenção da superficialidade para a inutilidade.
O sucesso só tem razão de ser quando as ações estiverem de mãos dadas com o saber e os corpos movimentarem-se além da física, num ritmo onde o fazer possa acontecer e a diferença seja apreciada e percebida.
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2 comentários:
Não sei o que dizer... Mas sei o que posso fazer!
Vou guardar como uma relíquia, não escondida para que ninguém saiba onde está e nem aparente demais para que perca seu real valor.
Gostei muito. Vc tem jeito para poesia, e o seu tipo de poesia me encanta porque faz pensar, não é como as mais comuns que apenas estão voltadas ao amor, aos sentimentos diversos.
Obrigada pela dedicatória.
Beijos e muita inspiração.
Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2007
Olá Marcinha!
Querida amiga, como sempre você nos surpreende com seu discurso muito bem estruturado e articulado e com idéias bem planejadas e marcadas pela profundidade que nos apontam múltiplas significações que poderão ser encontradas e compreendidas no âmago de cada um.
Abraços
Prof. Dr. Silvério da Costa Oliveira.
E-mail e MSN: drsilverio@sexodrogas.psc.br
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Blog “Ser Escritor”: http://www.doutorsilverio.blogspot.com
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